É tosco falar de fim de ano mas a viagem de ônibus foi boa demais

É muito engraçado que pegar ônibus se tornou uma das atividades mais prazerosas da minha rotina! E já digo logo que pegaria uber todas às vezes, mas mesmo assim venho dizer que sim, a atividade que há alguns meses virou até pauta na terapia se tornou terapêutica depois de algumas muitas viagens pela cidade.

A sensação de entrar num veículo cuja missão é te levar para um lugar que supostamente ele tá programado para ir, mas que diversas vezes não ocorre, se tornou de fato uma experiência um tanto peculiar na minha vida.

Enquanto estava no que provável seja muito último ônibus do ano antes de viajar de volta para casa de minha mãe me toquei como a estranha cidade começou a se tornar familiar, como as ruas já não são tão iguais, como os prédios não são tão grandes, como as pessoas são menos ríspidas com esse indivíduo tentando só chegar no seu destino.

Destino!

É o que todos almejamos! Em todos os sentidos possíveis, mas aqui nesse relato assume o mais simplista significado, me locomover de A para B! Ao longo desses últimos meses a cada ponto que eu descia certo, cada ônibus correto que eu pegava, a cada km que eu colocava na conta do menino que tinha medo da cidade foi uma pequena vitória.

Acho acima de tudo muito engraçado que diante de todas as coisas vividas nesse ano andar de ônibus é o mais besta para uma reflexão de fim de ano. Mas foram nessas horas chacoalhando que diversos textos surgiram, ideias, projetos, termos e começos.

Muito engraçado também que no mais barulhento trajeto do meu dia é que eu encontro o silêncio para por exemplo imaginar esse texto que aqui estão vocês a ler. Sem contar que já existe outro texto nesse blog corroborando com o fato de que pegar ônibus em Salvador virou uma atividade antropologia e terapêutica.

E a possível última sessão do ano veio depois de uma caótica semana, chacoalhando pela cidade ontem só agradeci por quem me tornei nesse ano, de tudo que superei nesses últimos meses, de tudo que ganhei e perdi, quem ame e odeie. 2022 foi um ano de chacoalhar muita coisa!


Para 2023, ah sei lá! A gente descobre lá.

 

 

 


Comentários

Mensagens populares